Teresa Pinto Correia, presidente do CHANGE e investigadora do MED, da Universidade de Évora (ÚE), e Miguel Araújo, investigador do MED & CHANGE e responsável da Cátedra Rui Nabeiro Biodiversidade apresentaram, no passado dia 20 de maio, na ÚE, o livro “50 Anos de Políticas Ambientais em Portugal – Da Conferência de Estocolmo à atualidade”, de Luísa Schmidt, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, numa sessão que contou com a presença da autora e de Francisco Ferreira, Presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.
A abrir a sessão, Teresa Pinto Correia considerou a obra “extremamente importante e bastante informativa” ao narrar a evolução da política ambiental no nosso país e "útil para uma reflexão sobre temas que me despertaram a atenção desde os anos 70 (do século XIX)”, sublinhou, chamando ainda a atenção para a importância da gestão e conversação da paisagem rural, do ordenamento do território, e de como todas estas áreas do saber devem comungar no mesmo sentido. A presidente do CHANGE lamenta não termos aprendido nada com os erros dos outros países, dando como exemplo, entre outros, o caso da Dinamarca, lamentando ainda o facto do nosso país “não pensar de forma articulada”, nomeadamente no que respeita à relação entre floresta e agricultura ou ao ordenamento do território.
Miguel Araújo, investigador do MED & CHANGE, recordou, entre outras ideias, as datas, instituições e personalidades históricas nacionais e internacionais que foram pioneiras ou que marcaram de uma forma ou de outra estas temáticas ambientais e de ordenamento do território, sublinhando a importância de uma maior consciência ambiental.
Francisco Ferreira, Presidente da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, enaltecendo a importância desta obra, partilha da mesma opinião, tendo reforçando a necessidade do nosso país ter políticas ajustadas à realidade cada vez mais visivel, mormente as alterações climáticas e ambientais.
Luísa Schmidt, autora do livro que resume 50 anos de Políticas Ambientais em Portugal, sublinha que as políticas ambientais “são cada vez mais exigentes em termos de rigor técnico-científico” e de alguma forma de “coragem política” para que possam avançar no caminho correto, verificando casos de sucesso e também de insucesso que decorrerem no nosso país nos últimas cinco décadas.