CHANGE destaca o Montado Living Lab no IUCN World Conservation Congress 2025

O CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade participou no IUCN World Conservation Congress 2025, realizado entre 7 e 15 de outubro em Abu Dhabi e online, um dos maiores encontros mundiais dedicados à conservação da natureza. O congresso reuniu mais de 10.000 participantes de 189 países, em inúmeras sessões que definiram compromissos e inovações que irão moldar a conservação global nas próximas décadas.

No dia 9 de outubro de 2025, o CHANGE integrou a sessão “European Farming Living Labs Perspective for Climate Change and Biodiversity in Food Systems”, dedicada a explorar o papel dos Living Labs enquanto infraestruturas abertas de investigação e inovação, que promovem abordagens participativas e inclusivas no desenvolvimento de políticas agrícolas sustentáveis e no acompanhamento dos impactos das alterações climáticas e da perda de biodiversidade.

A sessão foi moderada por Elodie Champseix (IUCN Brussels), contando com intervenções de Ioannis Manikas (Czech University of Life Sciences) e Marc Rosiers (MR F&A Consult / ELO European Policy Group), tendo sido apresentados os projetos europeus Eco-Ready e Climate Farm Demo, que promovem redes de agricultores-piloto para testar soluções agrícolas inteligentes face ao clima, contribuindo para uma Europa neutra em carbono e para a preservação da biodiversidade.

Susana Filipe, investigadora do CHANGE, apresentou o Montado Living Lab, um laboratório vivo acreditado pela European Network of Living Labs, que reúne agricultores, investigadores, decisores políticos, associações e empresas em torno da sustentabilidade do sistema agro-silvo-pastoril do Montado, essencial no contexto mediterrânico.
O Montado Living Lab promove práticas sustentáveis que reforçam as múltiplas funções daquele ecossistema, com foco na melhoria da saúde do solo, conservação e restauração da biodiversidade e manutenção do equilíbrio socioeconómico e ambiental..

A sessão contou ainda com as apresentações do LivOrganic Living Lab (Dinamarca) e do Czech Organics Living Lab (República Checa), criando um espaço de partilha sobre experiências e lições aprendidas. As discussões em grupo que se seguiram focaram-se nos métodos de co-criação, envolvimento de múltiplos atores e transferência de conhecimento, fundamentais para escalar a inovação climática e aumentar a influência dos Living Labs nas políticas públicas europeias.