O Laboratório Associado CHANGE marcou presença ativa no Encontro Ciência 2025, de 9 a 11 de julho, no campus da Nova SBE, em Carcavelos.
Em parceria com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) o CHANGE dinamizou a sessão Diálogos transdisciplinares: da intermediação do conhecimento ao empoderamento das comunidades. Com moderação de Teresa Pinto Correia (diretora do CHANGE e investigadora no MED-UÉvora), o painel contou com intervenções de João Afonso Batista e Antje Disterheft (ICS-ULisboa), Pedro D’Orey Manoel (proprietário e gestor do Montado, representante da Ovicharol) e Miguel Macias Sequeira (CENSE & CHANGE/NOVA). Investigadores e membros da sociedade civil participaram num espaço de debate aberto e inspirador sobre os desafios e oportunidades da co-produção de conhecimento em contextos de transição para a sustentabilidade.
A questão Como capacitar os utilizadores finais para se tornarem intervenientes ativos na co-construção do conhecimento? esteve no centro das discussões, promovendo o diálogo entre disciplinas, saberes e contextos de atuação. O foco recaiu sobre práticas colaborativas que envolvem ativamente comunidades e utilizadores finais na construção de soluções, com exemplos concretos ligados a ações promovidas no âmbito do Pacto Ecológico Europeu, às comunidades de energia ao sistema silvopastoril do Montado através do Montado Living Lab e ao trabalho sobre os cientistas do oceano.
A diversidade dos oradores permitiu cruzar perspetivas académicas, experiências práticas e estratégias de intermediação do conhecimento, estimulando a reflexão sobre novas formas de fazer ciência com e para a sociedade. Por parte da sociedade civil foi enaltecida a co-criação de medidas e o facto da investigação contribuir para ajudar a resolver problemas que surgem e como estas atuações podem vir a influenciar as políticas públicas. Foi também referida a necessidade de haver um equilíbrio entre a sustentabilidade económica, ambiental e social.
Além desta sessão, o CHANGE esteve representado noutras sessões do Encontro Ciência 2025, reafirmando o seu compromisso com a cooperação internacional, a resiliência socioecológica e a ciência participativa. Cristina Máguas esteve envolvida numa sessão dedicada à cooperação científica com o Sul Global, na qual apresentou o projeto ProMel a decorrer em Moçambique e sublinhando a necessidade de parcerias e colaborativas para enfrentar desafios comuns. Numa sessão moderada por Tiago Capela Lourenço onde se abordaram os impactos das alterações climáticas, Cristina Branquinho destacou a importância de promover a resiliência dos ecossistemas. Cristina Luís contribuiu para a reflexão sobre o papel da ciência cidadã na construção de políticas públicas e na valorização do conhecimento produzido em conjunto com a sociedade. Participou também numa discussão sobre a importância de tornar o espaço público mais aberto à ciência, promovendo o diálogo entre investigadores e cidadãos.